sábado, 24 de abril de 2010

Vaca negra, vaca branca - parte 2

Parecia tudo normal. Quase perfeito. Eramos 4, iamos de taxi para Delhi (o que e melhor e muito mais rapido do que ir de autocarro) que nos deixaria no aeroporto e depois, no centro. Cool! Fomos dormir descansadas da vida e agradecidas aos Deuses por nos terem dado uma solucao para um caso que estava complicado!
No entanto, na manha seguinte rebentou a bomba! LOL! Quando ligamos ao taxista para confirmar o local e a hora de encontro, recebemos uma ma noticia. A boa maneira indiana, o tipo comecou por dizer que nao estava confirmado porque nao tinhamos ido ao escritorio pagar. Ora ele nao tinha pedido para fazermos isso... Refilei e tentei faze-lo mudar de ideias e entao, o que inventou foi que nao podia levarnos a Delhi porque tinha entendido que era para o dia seguinte! LOL! Desisti que refilar porque senti que quanto mais o fizesse mais desculpas ia inventar e mais tempo eu perdia. Melhor tentar encontrar um outro taxi. Assim fiz. Comecei a procurar um taxi para dai a 6 horas. A coisa estava feia. Nenhum queria ir ou entao pediam precos absurdos. Dasse... Deuses???? Onde foram??? Porque nos abandonaram??!!!
Como se nao fosse pouco o facto de nao conseguirmos arranjar taxi, um dos tipos que ia connosco, ligou a dizer que tinha desistido porque se tinha apercebido que nao tinha dinheiro para viajar nesse dia. Arghhhhhhhhhhhh!
A D. tinha que estar no aeroporto as 5 da manha do dia seguinte, pelo que no maximo, as 9 da noite tinhamos que sair de Rishikesh sob pena dela perder o voo.
Apos uns breves momentos de negatividade, decidimos concentrar-nos em arranjar uma solucao. Tinhamos combinado com o outro rapaz, que nao tinha telefone e por isso nada sabia do que se estava a passar, as 5 da tarde. Quando chegou essa hora, ele apareceu no ponto de encontro e lhe contamos que nao tinhamos taxi e eramos apenas 3, ficou nervoso. Nervoso para nao dizer outra coisa! Precisou de uns momentos para se acalmar e quando se acalmou juntou-se a nos e comecou a procurar taxi.
Depois de algum tempo a procura, la arranjamos um taxi. Porem, so podia partir as 7. Estava a caminho de Rishikesh, de volta de deixar um cliente algures. Pois bem. Esperamos. Bebemos uns cafes, fumamos uns cigarros e esperamos.
Chegaram as 7 e o tipo nao aparecia. Ligamos e estava atrasado. Entao, esperamos mais uma hora. Nao aparecia novamente, pelo que ligamos novamente. Continuava atrasado e continuamos a esperar. Isto sucedeu ate as 9 e meia da noite. Nao estavamos a acreditar! Que dia stressante.
Finalmente, aparece a peca! Que choque! Nao sabemos se o tipo estava bebedo, drogado ou se era simplesmente atrasado mental! Juro! Que figura! Que personagem! Este tipo ia conduzir por, pelo menos 8 horas seguidas e, sem alternativas, tinhamos que aceitar que o fizesse.
A viagem correu estranhamente bem. Parou algumas vezes para fazer nao sei o que (juro que nao sei!) e um dos 3 tinha que estar sempre acordado para garantir que ele nao adormecia! Mas aparte isso correu bem. Ate chegarmos a Delhi correu bem. Quando nos aproximamos de Delhi a coisa comecou a aquecer. O tipo nao sabia o caminho para o aeroporto! Sim!!! Verdade!!! Parece mentira mas e verdade! O taxista nao sabia o caminho para o aeroporto! Parava para perguntar, andava as voltas e o tempo a passar! Estavamos quase nas 4 e meia da manha e andavamos em circulos. Que pincel! A D. desesperava e ja quase batia no taxista! Uma cena digna de palco!
Quando finalmente chegamos ao aeroporto, eu e a D. saimos e deixamos o rapaz no taxi, com todas as malas dentro. Ela ia ver se o voo para Franca saia mesmo ou se tinha que esperar como milhares de pessoas por todo o mundo, retidas em aeroportos por causa do vulcao da Islandia. Eu ia ver bilhetes last minute para a Tailandia. Pois bem, fui e nada encontrei. Quando volto para junto do taxi, o taxi nao estava onde o tinha deixado. Mas o rapaz estava. Entao, quando lhe perguntei pelo taxi ele diz-me que a policia chegou e disse ao taxista que nao podia estar estacionado, pelo que o taxista partiu. Com as nossas malas. Falando um ingles merdoso, o rapaz aceitou que o taxista se fosse, com as nossas malas, deixando um numero de telefone para lhe ligarmos quando estivessemos prontos. Fim do episodio aeroporto: a D. nao voou, eu nao consegui bilhete last minute para a Tailandia e apos 3 horas de telefonemas surreais conseguimos entender onde o taxista estava e recuperar as nossa malas. O taxista estava tranquilo. Como se nada se tivesse passado. Nos estavamso em brasa! Literalmente! Estavam uns 45 graus em Delhi e os nossos cerebros fumegavam!
Esta personagem unica ficara nas nossas memorias para sempre! Depois do aeroporto, era suposto nos levar ao centro (onde iamos ficar ate resolver o que fazer). Tal como ja tinha acontecido anteriormente, o tipo nao sabia onde era! Andou as voltas ate que o rapaz lhe gritou para parar. Saimos e chegamos ao destino de rickshaw! LOL!
Agora, estou a escrever da Tailandia (pais organizado, limpo e pontual) e mesmo depois de toda esta historia confesso: tenho saudades da India!

1 comentário:

  1. Olá "mulher do mundo", sempre a cOrtir pela Ásia :-) fazes tu bem...
    Que na Thailand tenhas mais sorte com os táxis

    Saudadesssssss


    Beijs,

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